terça-feira, 17 de novembro de 2015

Hijrah, a Jihad populacional


“Aproximadamente 104.460 refugiados chegaram à Alemanha durante o mês de agosto, estabelecendo um novo recorde. Com isso, já são 413.535 refugiados e imigrantes registrados vindos à Alemanha em 2015 até agora. O país espera um total de 800.000 pessoas requerendo asilo na Alemanha este ano. E este número é só para a Alemanha. O continente inteiro da Europa está sendo inundado com refugiados a uma velocidade inédita na história mundial. Isso não é mais apenas uma “crise de refugiados”. Isso é uma hijrah.
Hijrah, ou jihad por emigração, é, de acordo com a tradição islâmica, a migração de Maomé e seus seguidores de Meca a Yathrib, mais tarde renomeada por ele como Medina, no ano 622 d.C. Foi depois da hijrah que Maomé pela primeira vez tornou-se não apenas um pregador de idéias religiosas, mas um líder político e militar. Foi ela que ocasionou suas novas “revelações” exortando seus seguidores a cometerem violência contra infiéis. De modo bastante significativo, o calendário islâmico conta a hijrah, e não o nascimento de Maomé ou a ocasião de sua primeira “revelação”, como o começo do Islã, implicando que o Islã não é completo sem um componente político e militar.
Emigrar pela causa de Alá – isto é, mudar-se para uma nova terra a fim de levar o Islã até lá, é considerado no Islã um ato extremamente meritório. “Mas quem emigrar pela causa de Alá, achará, na terra, amplos e espaçosos refúgios”, diz o Alcorão. “E quem abandonar seu lar, emigrando pela causa de Alá e de Seu Mensageiro, e for surpreendido pela morte, sua recompensa caberá a Alá, porque é Indulgente, Misericordiosíssimo.” (4:100) O elevado status de tais emigrantes levou um grupo jihadista britânico, que ganhou notoriedade (e um encerramento de suas atividades pelo governo) alguns anos atrás por celebrar o 11 de setembro, a se chamar Al-Muhajiroun: Os Emigrantes.
E agora uma hijrah de muito maior magnitude avança sobre nós. A prova de que é uma hijrah, e não simplesmente uma crise humanitária, veio em fevereiro passado, mas foi pouco percebida e quase imediatamente esquecida. O Estado Islâmico publicou um documento intitulado “Líbia: Portão de Entrada Estratégico para o Estado Islâmico”. Portão de entrada, entenda-se, para a Europa: o documento exortava os muçulmanos a irem à Líbia e de lá passarem como refugiados para a Europa. Esse documento diz a aspirantes a jihadistas que as armas do arsenal de Khadafi são muitas e fáceis de obter na Líbia – e que o país “tem uma longa costa e olha para os estados cruzados do sul, que podem ser alcançados facilmente até mesmo com um barco rudimentar.”
O Estado Islâmico não tinha em mente apenas um punhado de jihadistas vindos da Líbia: também foi revelado em fevereiro passado que os jihadistas planejavam inundar a Europa com cerca de 500.000 refugiados. Agora só na Alemanha esse número já está sendo em muito ultrapassado. Naturalmente, nem todos esses refugiados são jihadistas islâmicos. Nem todos sequer são muçulmanos, embora a maioria o seja. Contudo, nenhum esforço está sendo feito no sentido de determinar se os refugiados apóiam a Sharia e desejam trazê-la para sua nova terra. Qualquer esforço neste sentido seria rotulado como “islamofóbico”. No entanto, já há sinais de que o Estado Islâmico está cumprindo seu plano: já foram encontrados jihadistas entre os refugiados tentando entrar na Europa. Haverá muitas outras descobertas semelhantes.
Oitocentos mil refugiados muçulmanos somente durante um ano. Isso vai transformar a Alemanha e a Europa para sempre, sobrecarregando as economias de bem-estar de suas nações mais ricas e alterando a paisagem cultural a ponto de torná-la irreconhecível. No entanto, o debate público sério que precisa ser iniciado sobre uma tal crise é reduzido ao silêncio pelo nonsense costumeiro: o Washington Post publicou na quarta-feira um artigo inflamatório e irresponsável comparando as pessoas preocupadas com a afluência massiva de muçulmanos à Europa aos nazistas dos anos 30 prontos a incinerar os judeus aos milhões. A estrela de Hollywood Emma Thompson acusou as autoridades britânicas de racismo por não receberem mais refugiados – como se as autoridades britânicas já não tivessem feito bastante para destruir sua própria nação.
E por aí vai. Se você não aceita o admirável mundo novo que com certeza vai trazer mais jihad e mais Sharia para a Europa, você é um nazista e um racista. Enquanto isso, ninguém se preocupa em perguntar, muito menos em responder, uma questão central: por que é dever da Europa receber todos esses refugiados? Por que não a Arábia Saudita ou os outros países muçulmanos que são ricos em petróleo e têm espaço de sobra? A resposta não é dita porque as autoridades não-muçulmanas recusam-se a acreditar e os muçulmanos não querem que seja dita ou conhecida: esses refugiados têm que ir para a Europa porque isso é uma hijrah.
E é também a sentença de morte da Europa.”
(Robert Spencer, The Hijrah into Europe – “Refugees” Colonize a Continent)